Na Fazenda dos Cordeiros trabalhamos o Turismo de Base comunitária não como turismo só de geração de renda.
Entendemos que o Turismo Comunitário tem sua base na diversidade cultural e nos valores humanos.
Como bom exemplo, temos os jovens da comunidade envolvidos com a Geladeira Cultural Gian Calvi trabalhando o BikeTour.
Assim como no exemplo da Fundação Casa Grande – Memorial do Homem Kariri, localizada no pequeno município de Nova Olinda, na região do cariri cearense, de 13 mil habitantes, acreditou que também tinha uma história pra contar e queria conhecer a história de outros lugares do mundo... gerando inclusão e desenvolvimento sustentável.
A cidade de Nova Olinda, hoje, recebe uma média de 33 mil visitantes por ano, que vêm conhecer de perto a experiência de educação e geração de renda familiar proporcionada pelas ações da Fundação Casa Grande. surgiram pousadas domiciliares, oficinas caseiras de artesanatos, lojas de venda de souvenirs, restaurantes de comidas típicas. e com o dinheiro gerado pelo fluxo turístico foi criado um fundo de educação, que tem dado aos jovens a oportunidade da formação universitária.
Hoje a pequena Nova Olinda é um dos 65 destinos indutores do Desenvolvimento Turístico regional priorizados pelo Ministério do Turismo, ganhou 8 a comenda da ordem do mérito cultural do ministério da cultura e circula com uma exposição itinerante por vários países do mundo, mostrando a produção dos valores locais, por meio de fotografias, vídeos, palestras, workshop e espetáculos artísticos...e que assim seja o futuro de Silva Jardim.
Crescem e ganham visibilidade na mídia e nos setores público e privado as inúmeras experiências de organização da atividade turística classificadas como Turismo de Base Comunitária, Turismo comunitário, solidário, de conservação, entre outras denominações, em todo o mundo, e em particular na América Latina. no campo de conhecimento essas experiências são objeto de estudo das ciências humanas, como exemplos paradigmáticos de desenvolvimento sustentável em que se conciliam as dimensões culturais, socioeconômicas e ambientais, na forma de estruturar e comercializar o produto turístico. a falta de consenso em termos conceituais resulta por um lado, da heterogeneidade das próprias experiências e, por outro, da origem do território e da perspectiva política da organização não governamental, responsável por organizar e viabilizar a experiência.
A WWF-Brasil, publicou o Manual de Ecoturismo de Base Comunitária: ferramentas para um planejamento responsável, como resultado do Projeto Capacitação para o Desenvolvimento do Ecoturismo de Base Comunitária. Segundo a WWF, dentro do conceito de Turismo Responsável.
A Fazenda dos Cordeiros desenvolve o Turismo que chamamos de EcoRural, também defendido pela Confederação Brasileira de Caminhadas – ANDA BRASIL, como o Turismo realizado em áreas naturais, determinado e controlado pelas comunidades locais, que gera benefícios predominantemente para estas e para as áreas relevantes para a conservação da biodiversidade.
Outra instituição que trabalha com este modelo de turismo é o Projeto Bagagem, que visa à criação de uma rede de economia solidária de Turismo Comunitário no Brasil.“
Turismo comunitário é a atividade turística que apresenta gestão coletiva, transparência no uso e na destinação dos recursos, e na qual a principal atração turística é o modo de vida da população local. nesse tipo de turismo a comunidade é proprietária dos empreendimentos turísticos e há a preocupação em minimizar o impacto ambiental e fortalecer ações de conservação da natureza.’
Para Carlos Maldonado, especialista da organização internacional do Trabalho e coordenador da rede de Turismo Sustentável da América Latina (redTurs):
“Por Turismo comunitário entende-se toda forma de organização empresarial sustentada na propriedade e na autogestão sustentável dos recursos patrimoniais comunitários, de acordo com as práticas de cooperação e equidade no trabalho e na distribuição dos benefícios gerados pela prestação dos serviços turísticos. a característica distinta do turismo comunitário é sua dimensão humana e cultural, vale dizer antropológica, com objetivo de incentivar o diálogo entre iguais e encontros interculturais de qualidade com nossos visitantes, na perspectiva de conhecer e aprender com seus respectivos modos de vida.”
Para os gestores da Fazenda dos Cordeiros estas definições refletem a vivência prática do tema e apontam para a possibilidade de um modelo de desenvolvimento turístico, sustentável, integrado com foco no território. Trata-se de um modelo em que a cultura e os modos de vida locais são a principal motivação da visita, onde há o intercâmbio cultural entre o turista e a comunidade. além disso, o turismo é uma atividade complementar às atividades tradicionais desenvolvidas pelas comunidades.
A ação de fomento ao TBC está inserida na política pública de turismo nacional consolidada no Plano Nacional de Turismo 2007-2010: uma viagem de inclusão (PNT 2007-2010), que é o instrumento de planejamento e gestão do turismo no Brasil e tem como uma de suas premissas:
“o modelo de desenvolvimento proposto pelo governo contempla e harmoniza a força e o crescimento do mercado com a distribuição de renda e a redução das desigualdades, integrando soluções nos campos econômicos, social, político, cultural e ambiental. (...) o turismo pode ser uma importante ferramenta para o alcance dos objetivos de Desenvolvimento do milênio, particularmente com relação à erradicação da extrema pobreza e da fome, à garantia de sustentabilidade ambiental e ao estabelecimento de uma parceria mundial para o desenvolvimento.”
Na Fazenda dos Cordeiros trabalhamos localmente fomentando o TBC, que está em consonância com nossos objetivos de desenvolvimento sustentável, entre os quais destacamos:
Nos últimos a Fazenda dos Cordeiros vem participando e acompanhando as ações de fomento do TBC em Silva Jardim e podemos destacar as seguintes necessidades:
Quanto ao processo de desenvolvimento local sustentável com foco no Turismo, a Fazenda dos Cordeiros avalia a necessidade de melhorias na promoção e comercialização da atividade.
É necessário o estabelecimento de uma estratégia de divulgação para o mercado, com maior grau de profissionalização e envolvimento dos demais atores locais.
Apesar das iniciativas de TBC não se resumirem aos aspectos estritamente econômicos, não há como prescindir deles, e para a atração do visitante é necessário certo nível de qualidade da oferta turística, sem que isso altere de forma significativa o modo de vida local. este fato cria dificuldades no processo de promoção e comercialização da atividade.
Precisamos estar mais próximos das iniciativas das políticas públicas sem perdermos de vista nossa própria natureza, é condição sine qua non contemplar diferentes estratégias de atuação e apoio, de modo a compatibilizar a singularidade, a autenticidade e a originalidade deste produto com a viabilização econômica da atividade. enfim, inúmeros são os desafios a serem enfrentados pelos gestores públicos, comunidades anfitriãs, mercado e instituições não governamentais, que trabalham na concretização das atividades de Turismo de Base Comunitária, como opção econômica com geração de trabalho e estratégia de diversificação da oferta turística do País ou, como afirma a professora Marta Irving:
“Precisamos de muita vontade, de cabeças abertas para mudanças, de diferentes agentes sociais, integrados, trabalhando em parceria para resolver e partilhar o turismo sustentável.”
Uma fazenda que Recebe!
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